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sábado, 19 de maio de 2007

Morte do autor e hermenêutica de textos sensíveis

Entendo que a teoria da morte do autor, partindo da desconstrução do texto é a base para o pensamento pós-moderno relativista. Pessoalmente não participo desta convicção de que o sentido do texto seja transferido do autor para leitor/interprete. Claro que posso efeuar a "minha leitura" de um texto, baseado na minha contextualidade, porém desta forma, e ainda mais afirmando a morte do autor, nunca poderia apresentar a validade de um texto em relação ao seu significado original.

É claro que todo texto apresenta "barreiras" na sua interpretação, os textos antigos, estas são ainda maiores, mas estas barrreiras não são intransponíveis, uma vez que posso utilizar todo o ferramental que a exegese e hermeutica apresentam para que eu possa me aproximar do autor e do significado do texto. Não discordo que há textos em que sua interpretação original ficam bastante prejudicadas, em textos religiosos esta dificuldade torna-se ainda maior uma vez que posso ter relatos profecias e visões extremamente simbólicos, mas na maioria dos textos posso ter uma aproximação suficiente para captar, se não integralmente o sentido do texto, pelo menos com uma boa margem de intelegibilidade da intenção do autor.

Como já disse no inicio o perigo de afirma a morte do autor é perder o significado original do texto, relativando a mensagem, é claro que o texto é muitidimencional posso "senti-lo" de várias formas, posso interpretá-lo livremente, mas está interpretação livre não pode ser usada como fundamento para o real significado do texto.

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